terça-feira, 28 de outubro de 2008

Post Arqueológico


Meu Deus!! Eu tenho um blog... tenho que cuidar dele e alimentá-lo direitinho, senão a coisa desanda... Por isso que eu vim limpar as teias prematuras deste lugar para falar rapidamente sobre "Pedra da Luz", de Christian Jacq.
Olha, um dos melhores livros que já li. A série (em 4 volumes, dos quais eu li os dois primeiros -até agora-) nos leva ao tempo do Egito Antigo, nos últimos anos do reinado de Ramsés. Descobrimos, aos poucos, os costumes e segredos do Lugar da Verdade, uma confraria de artesãos a serviço do faraó. O destino do Egito está nas mãos dos artesãos, e não faltam pessoas que querem desviá-los de seus deveres.
Com um ótimo enredo, personagens inspiradores e reviravoltas inesperadas (ok, algumas esperadas... mas não tiram o mérito dos livros), o autor nos leva a reviver um tempo no qual cada ação era considerada um ritual, em que cada cidadão se sentia parte de um todo maior, em que o apreço pelo significado ia além da representação de formas.
Leitura rápida, fluente, cativante.

E quem acha que no Egito existiam escravos, 
Quem acha que eles não conheciam combustíveis e pilhas,
Quem acha que as pirâmides foram construídas por escravos,
Quem acha que o Egito não é mais que um monte de pedras circundadas por areia...

...leia, amigo, leia.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Graphic Novels #1


Eu sempre fui um grande fã de quadrinhos.Comecei a me interessar por quadrinhos com (a boa e eterna) a Turma da Mônica, e fui evoluindo conforme a idade para quadrinhos mais característicos dela, como o Homem-Aranha (a Marvel Século 21 acabava de ser lançada), por exemplo.Contudo, como eu tive que escolher entre saídas ao cinema ou as revistinhas (como minha mãe até hoje chama -.-), acabei ficando com a primeira opção.
Entretanto, como se fosse inevitável, conheci uma amiga (OI GILCE =D) que me apresentou ao universo dos Mangás através de Love Hina; e com esse fato a chama foi reacendendo.

O que causou a combustão foi o lançamento do arco Guerra Civil da Marvel.O modo como os personagens foram mostrados foi simplesmente sensacional!Apresentar de um lado o Capitão América defendendo a liberdade, representando o passado dos Estados Unidos (só na cabeça dos americanos claro!), e do outro lado o Homem de Ferro lutando para que os heróis retirassem a sua máscara, demonstrando o medo e a fragilidade que o povo estadunidense sente após o atentado de 11/09/2001; fez-me ver que os quadrinhos não eram apenas estórias fantasiosas, com pessoas mascaradas, que,  de tempos em tempos, sofriam com a perda ou possível ameaça de perder um amor.Muito pelo contrário, as Graphic Novels são, costumeiramente, o retrato caricato e esperançoso da humanidade.Elas conseguem representar problemas comuns, corriqueiros, e, principalmente, conflitos internos característicos de todo e qualquer ser humano do planeta.Como exemplo temos "Maus: A História de um Sobrevivente"(Art Spielgeman), que representando ratos como judeus e gatos como alemães, narra a história do pai do autor na tentativa de sobriviver ao Holocausto.

Como exemplo, temos a excelente obra de Jeph Loeb e Tim Sale: Batman: O Longo dia das Bruxas.Nessa história, que segue diretamente os eventos do arco Batman: Ano Um (escrito por Frank Miller), temos o início da amizade do roedor voador com o Capitão Jim Gordon e o promotor Harvey Dent.Os três prometem "limpar a sujeira" da cidade de Gotham, com o Batman como o responsável por coletar provas, Harvey por reuní-las e concatená-las e Gordon de prendê-los e mantê-los na cadeia.Porém, assassinatos começam a acontecer nos feriados, e as vítimas são sempre pessoas ligadas à máfia, e isso faz com que o Batman comece a questionar a sua humanidade, uma vez que, quem quer que esteja fazendo o serviço, queira ou não, está fazendo um bem a cidade, em que pese ele não aceite, pois esse não foi o meio que eles escolheram para efetivar a justiça, logo, uma caçada começa atrás do assassino, que durante a estória é mostrado os efeitos dela na vida pessoal de cada personagem.

No início da história, já é possível notar que Bruce perde cada vez mais a sua identidade e passa a assumir o seu verdadeiro "eu" (como ele fala), o Batman.Com isso, notamos cada vez menos a presença de Bruce, que só é retomada em casos de necessidade de investigação do Batman.Com Gordon, vemos a desestruturação do lar.Absorto no caso, ele acaba esquecendo que possui uma mulher e filho, e torna-se cada vez mais distante da família.Contudo, um fato curioso de se notar é que o Capitão é o personagem mais "lúcido".Apesar de ter dúvidas, ele nunca questiona se o que fez foi certo, pois sempre o faz por mais que não goste.Já Harvey, ao longo da leitura, o leitor sentirá uma dor no coração, ao ver que o "Cavaleiro Branco da Justiça", acaba caindo no joguinho do submundo, e gradativamente passa a construir o monstro que conhecemos como "Duas Caras".Outr fato interessante é que, enquanto que o Coringa é o oposto louco do Batman, Harvey é o oposto positivo dele, pois consegue inflar no "Cavaleiro das Trevas" a esperança de que um dia Gotham não precise dele, e de nenhum outro tipo de vigilante.Entretanto, pouco tempo após o início das investigações, Dent fica obcecado com o caso, chegando ao ponto de ser agressivo com a sua esposa (eles são recém-casados), e com isso, o sonho do Batman de que a cidade um dia não precisaria dele, vai se desmoronando.

A presença de personagens tão intensos,  o modo como a história se desenvolve, e os traços noir de Tim Sale, prende o leitor por completo!Ler o Longo dia Das Bruxas é como assistir o filme "Batman: O Cavaleiro das Trevas", após 2h30 de filme nós ainda queremos mais!

Por fim, é impossível falar que quadrinhos é só coisa de criança hoje em dia.O mercado começa a notar que as "crianças" da época em que os quadrinhos começaram a fazer sucesso, hojem são adultas e continuam a lê-los, além do fato de que as crianças de hoje em dia amadurecem muito mais cedo, tornando necessário que as estórias acompanhem o rápido crescimento.
E outro fator, é  a arte que é o quadrinho!Os traços de cada desenhista e como eles pintam ou não, revelam a importância de exaltar os quadrinhos como a Nona Arte.

Dica: Batman: O Longo dia das Bruxas - Edição definitiva, Jeph Loeb e Tim Sale R$63,18
;]

sábado, 13 de setembro de 2008

E depois do começo, o que vier vai começar a ser o fim

Um tanto quanto, senão totalmente, impulsionado pelo blog de meu amigo, faço o meu. E como tantas outras coisas em minha vida, o faço em conjunto com ele, inclusive pegando emprestado (leia-se "plagiando descaradamente") o nome.
De vez em quando eu posto algo aqui, não tão freqüentemente, mas eu não pretendo deixar isso tão largado quanto meus trabalhos de Organização da Educação Brasileira...
É isso =]

E que seja perdido aquele dia em que não se escreveu, não se dançou ou não se cantou!
Ou que se fez alguma dessas coisas sem o devido amor...